ÚLTIMA HORA :Queremos Viver": Jovens moçambicanos resistem com verdade e esperança em meio à opressão

ÚLTIMA HORA :Queremos Viver": Jovens moçambicanos resistem com verdade e esperança em meio à opressão

Num poderoso testemunho publicado sob o título "Queremos Viver", o psicólogo moçambicano Cremildo Chichongue dá voz à juventude que resiste em silêncio, enfrentando diariamente um cenário de medo, insegurança e opressão. O texto, marcado por emoção e realismo, descreve a dura realidade de muitos jovens que, apesar das ameaças, da pobreza e do sentimento de abandono, continuam a lutar por um país mais justo e digno.

Cremildo escreve: "Não lutamos porque somos de ferro. Sangramos. Trememos. Sentimos medo." Com essas palavras, ele humaniza uma juventude frequentemente ignorada, que vive entre becos, sombras e silêncios impostos, mas que insiste em não desistir. Não se trata, segundo ele, de coragem ou bravura, mas sim de uma fome profunda por justiça, por futuro e por reconhecimento.

O texto destaca o amor persistente por Moçambique, mesmo quando o país parece não retribuir. "Amamos com os pés na lama e o coração apertado", afirma. É esse amor — doído, desesperado e genuíno — que move a juventude a continuar, mesmo diante de ameaças e perdas.

"Queremos viver. E vamos viver", conclui Cremildo, numa reafirmação da esperança que se recusa a morrer, mesmo ferida. Para muitos, essa declaração tornou-se um grito coletivo de resistência, um símbolo da luta por dignidade, voz e presença em um país que ainda precisa reconhecer o valor e a força de sua juventude.

O texto tem sido amplamente partilhado nas redes sociais, despertando solidariedade e reflexão sobre a situação sociopolítica atual de Moçambique. É um apelo por humanidade, por verdade e, sobretudo, por vida.

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